Tony Ramos, 73 anos de idade, entrou em cartaz em circuito nacional com o longa-metragem 45 do Segundo Tempo, filme considerado a boa pedida para o fim de semana. Protagonista do filme dirigido por Luiz Villaça, o ator interpreta Pedro Baresi, um palmeirense roxo e dono de uma cantina italiana no bairro Bixiga, na cidade de São Paulo. Sem família e com problemas financeiros, ele luta para manter o restaurante aberto, e reencontra dois de seus melhores amigos da época do colégio: Ivan (Cássio Gabus Mendes), que se tornou advogado, e Mariano (Ary França), que virou padre.
Embora o título possa ar a impressão que o filme retrate o universo do futebol, 45 do Segundo Tempo é um filme que fala sobre amizade. "O diretor sempre deixou muito clara a importância de retratar a amizade do três de forma muito verdadeira", afirma Tony, que acredita que existiu "química imediata e automática" para o trio. "A amizade talvez esteja em desuso hoje. Está faltando elegância na vida. Lamentavelmente, o ser humano acha que elegância é a roupa bem-feita ou que fique bem no corpo, que elegância é apenas estética e física", diz.
Torcedor do São Paulo, Tony conta que o hábito de frequentar estádios esteve presente desde a sua infância, indo a jogos com o tio e o padrasto. "Também já levei a minha família muitas vezes aos estádio. Levei Lidiane e nossos dois filhos pequenininhos ao campo. Tenho memórias de colocá-los sentados, enquanto ia comprar cachorro-quente. Essas memórias estão presentes e quando fui gravar no estádio do Palmeiras, essas memórias afloraram todas", afirma.
Na opinião do ator, o longa-metragem, uma comédia-dramática, traz aspectos de identificação. "O filme foi feito antes da pandemia e retrata a importância da amizade e de você ser sincero e leal com seus amigos, além de também poder ser enérgico – quando precisar ser – e saber pedir desculpas. Afinal, na vida, todos erram. Ninguém é super-homem."
