O governador Carlos Moisés
recebeu representantes de entidades empresariais e de sindicatos para fechar o
reajuste do salário mínimo regional de Santa Catarina. Pelo acordo, o aumento
médio é de 4,96% e os pisos para a primeira, segunda, terceira e quarta faixas
passarão a ser, respectivamente, de R$ 1.215, R$ 1.260, R$ 1.331 e R$ 1.391.
Como resultado da reunião, o governador se comprometeu a encaminhar, nos
próximos dias, um Projeto de Lei Complementar (PLC) em regime de urgência para
a Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc).
"O bom termo que eles conseguiram construir mostra essa capacidade de
discussão, entre trabalhadores e empresários, e contempla ambas as
partes", avaliou Carlos Moisés, ao fim da reunião. "Vamos enviar em
regime de urgência, como é a demanda dos dois lados, e com um pedido para não
modificar os termos que as partes já negociaram", antecipou. O governador
planeja enviar o projeto até terça-feira, dia 11. Se aprovado pela Assembleia,
o reajuste será retroativo a 1º de janeiro, válido para categorias não
abrangidas por acordos ou convenções coletivas.
Na audiência, o governador
destacou as medidas do Governo de Santa Catarina para preparar os estudantes
catarinenses para o mercado do trabalho do futuro, como a inclusão da
tecnologia nas escolas e a adoção de currículos adequados às transformações
vividas por todos os setores da economia.
Os representantes das empresas e dos trabalhadores se mostraram
satisfeitos com o encaminhamento dado pelo governador e com o andamento das
negociações desde o início. "Somos o único estado que, com as duas partes
envolvidas, consegue chegar a um acordo. Fizemos várias reuniões demoradas, mas
sempre de modo respeitoso e harmonioso", afirmou o presidente da Fiesc,
Mario Cezar de Aguiar.
Conforme o coordenador sindical do Dieese, Ivo Castanheira, mesmo quem
recebe acima do piso estadual tem seus ganhos afetados pelo reajuste no salário
mínimo. "É um processo muito demorado, porque há interesses das duas
partes. Envolve em torno de um milhão de trabalhadores direta ou indiretamente,
é a maior negociação coletiva do estado. Para nós, a política de piso estadual
é muito importante por conta disso", explicou.
Veja abaixo as faixas que compõem o
mínimo regional:
Fonte: SECOM-SC
Jornalismo WEB Rádio Cidade
